João Marcos

Reflexão sobre otimismo

João Marcos Varella
João Marcos Varella

Psicólogo

1.           APRENDER OTIMISMO

“Quero salientar que estes estilos ou padrões de pensamento não são traços fixos de personalidade, eles são estilos de pensamento e como tais são mutáveis. Portanto, mesmo se o seu estilo hoje é ser um pensador pessimista, temos dados sólidos para sugerir que aprendendo algumas habilidades de um estilo otimista, você pode absolutamente aumentar sua capacidade de se concentrar em outras causas dos problemas, particularmente naquelas que são mais transitórias circunstanciais “, diz Reivich.

2.           SELIGMAN NO LIVRO APRENDENDO OTIMISMO

Para aprender otimismo é preciso:

  • Identificar as crenças negativas.
  • Questionar, desafiar essas crenças com base em evidências.
  • Mudar as crenças para formas mais adequadas e positivas.

A crença negativa se expressa na forma de se auto explicar diante de uma situação adversa.

Pessoas resilientes lidam com situações negativas, superam, aprendem. Atribuem um novo significado a essas situações. Seligman demonstra que aprender a distinguir as causas é o processo de aprender otimismo. As causas das dificuldades:

  • ou são permanentes ou são passageiras
  • ou ocorrem sempre ou só às vezes
  • são universais ou específicas

Três formas de como as pessoas costumam explicar as coisas boas e ruins que acontecem:

  • eu – não eu;
  • sempre – não sempre;
  • tudo – não tudo.

Na combinação eu-sempre-tudo a pessoa acredita que causou o problema, que é para sempre e que prejudica todos. Na combinação: não eu-nem sempre-não tudo a pessoa acredita que outras pessoas ou circunstâncias causaram o problema e que é mutável ou transitório, que não afetará sua vida.

3.           LOCUS OF CONTROL

Aa responsabilidade do que acontece na nossa vida depende exclusivamente de nós ou completamente de fatores externos. De um extremo ao outra faz muita diferença. Se depende muito de nós é importante considerar com realismo nossas condições e do ambiente. Se acreditamos que depende de fatores externos se existe probabilidade real de ocorrer ou depende de uma esperança sobre a qual não temos controle. (Rotter)

André Comte-sponville no livro Felicidade, Desesperadamente faz uma distinção entre expectativa e esperança. Expectativa é quando nossas metas dependem de recursos aos quais temos acesso. Esperança quando o que almejamos depende de recursos sobre os quais não temos ação.

4.           VIÉS DE OTIMISMO

Muitas vezes embarcamos em projetos claramente fadados ao fracasso iludidas por um pernicioso viés otimista. Ao classificar o viés de otimismo como um dos vieses cognitivos mais significativos, Kahneman alerta que

“(…) muitos de nós enxergamos o mundo como mais benigno do que ele realmente é, nossos próprios atributos como mais favoráveis do que realmente são e as metas que adotamos como mais alcançáveis do que parecem ser. Tendemos, também, a exagerar nossa habilidade de prever o futuro, alimentando uma confiança demasiadamente otimista.”

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