João Marcos

Meus filhos não têm autonomia financeira

Três amigos novos que sentam-se ao ar livre e que olham o telefone móvel. Grupo de pessoas sentadas no café ao ar livre e assistindo vídeo no smartphone.
João Marcos Varella
João Marcos Varella

Psicólogo

Como esposa e mãe que sempre acompanhou os negócios da família quero contar como minha família, que sempre viveu em harmonia começou a viver alguns problemas nos últimos dois anos.

Eu sou avó de 3 netos. Meu nome é Elizabeth, tenho 65 anos, casada com Moisés, 68, e mãe de 3 filhos.

Casei com Moisés na época que ele assumiu a empresa do pai, então recentemente falecido. Dividiu com o irmão a herança e ele ficou com os negócios.

Sempre vivemos bem, com bom padrão de qualidade de vida, nada nos faltou. Pude conhecer muitos países e cuidar dos meus filhos.

Eles já cresceram e saíram de casa. Erika, 35 anos, casou, teve dois filhos e se separou. Sílvio, 32 anos, casou e tem uma filha. Carlos, 29 anos está solteiro.

Há algum tempo Moisés disse-me que os negócios estavam difíceis. O impacto da tecnologia mudou muito os processos e o mercado, exigindo atualização constante,

O fato é que a empresa teve prejuízo, estava devendo muito dinheiro e ele temia por uma RJ, uma Recuperação Judicial.

Foi quando ele me revelou que nenhum dos filhos possuía autonomia financeira e que recebiam o que ele chamou de mesada. Desde a adolescência eles ganhavam um valor todos os meses,

Esse valor foi subindo e eles mantinham um bom padrão de vida como sempre tiveram, custeado por essa mesada, agora muito grande.

O problema é que a continuar a situação atual da empresa não haverá mais de onde tirar esse valor e Moisés não sabe como lidar com a situação.

Diante da situação atual da empresa e sem muita perspectiva para o futuro,  Moisés encontrava-se com um grande problema, sem saber como lidar com isso: não teria condição de manter as mesadas.

Pior ainda, os filhos não dão o menor sinal de que estão percebendo a situação da empresa, nada fazem para ter uma receita própria, continuam com seus projetos pessoais inviáveis.

Não sei como ajudar meu marido a resolver esse problema. De fato sempre protegemos nossos filhos e eles não têm uma visão clara de onde vem os recursos e se acomodaram a um realidade que não existe mais.

Moisés contratou um especialista em Governança Familiar que iniciou entrevistas e reuniões familiares para conhecer a situação.

Depois de um tempo meus filhos começaram a desenvolver projetos pessoais viáveis, o que foi um grande alívio para meu marido. Não foi fácil. Levou tempo para cada um assumir a realidade e estruturar seu próprio propósito.

Eles tinham boa formação e acompanharam a vida empresarial do pai. Nunca foram incentivados para desenvolver seu protagonismo e tomar a iniciativa de realização de projetos pessoais.

Foi um ano de apoio, integração, definição de objetivos viáveis, planejamento e ação. Felizmente não foi necessária a Recuperação Judicial, e nossos filhos já desfrutam de uma autonomia com boas perspectivas.

Aliviado da preocupação com nossos filhos Moisés buscou apoio para a empresa. Identificou investidor, atualizou a tecnologia, pagou as dívidas e então, pode vender sua parte e agora podemos usufruir o merecido bem-estar depois dele ter trabalhado mais de 40 anos.

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